Como a tecnologia do PIT Tag é aliada da aquicultura
25 fevereiro 2022
O uso da tecnologia PIT Tag na aquicultura pode otimizar o monitoramento dos peixes de forma individual. Diferentemente de uma tag de peixe tradicional, o PIT Tag, ao ser um dispositivo passivo, não requer uma bateria para funcionar, portanto, só é ativado na presença de um sinal ou leitor e fornece informações sobre o comportamento dos peixes por todo o período em que estiver inserida neles. Com isso, o manejo é facilitado e o produtor obtém dados importantes em todas as fases da produção. Esses dados podem ser administrados e armazenados de forma segura, permitindo a identificação de oportunidades para melhorar o bem-estar animal, o que resulta em um produto de melhor qualidade e maior rentabilidade para o negócio. Saiba mais sobre essa tecnologia e seus benefícios para a aquicultura.
O que é o PIT Tag e como ela pode ser usada na aquicultura de produto
A sigla PIT faz referência a Passive Integrated Transponders (transponders integrados passivos, em tradução livre). Por definição, trata-se de um dispositivo eletrônico que transmite informações através de um sinal de rádio. O PIT Tag usado na aquicultura nada mais é do que um transponder de rádio que possibilita a identificação individual de peixes através de códigos alfanuméricos que podem conter de 10 a 15 dígitos. Essa é, portanto, uma tecnologia que pode ser usada no monitoramento dos peixes, o que é especialmente relevante para produtores a cargo de grandes tanques de cultivo e em estudos de pesquisa e melhora genética dos peixes.
O PIT Tag dispensa o uso de baterias, uma vez que é composta por um microchip interno que é ativado ao se aproximar de uma antena de rádio específica, que irá transmitir as informações a um computador conectado a ela. Por conta disso, a proximidade com a antena é essencial para o seu funcionamento – o que não deve ser um problema para a aquicultura realizada em tanques fixos e localizados em áreas pré-determinadas.
Normalmente, uma tag de peixe como essa é inserida no abdômen, que deve estar anestesiado durante o procedimento. Por não ter bateria, a PIT Tag é menor e mais leve que as demais tecnologias similares, portanto, pode ser injetada em animais de diferentes tamanhos, inclusive os de menor porte, sem afetar o seu bem-estar.
Uso do PIT Tag no monitoramento de peixes oferece economia e dados importantes
O uso da tecnologia PIT Tag no monitoramento de peixes traz vários benefícios para o piscicultor. Um dos principais deles é a sua durabilidade: por não precisar de bateria, o PIT Tag permanecerá ativo durante todas as etapas da produção em que estiver inserida nos peixes. Além de reduzir os custos, isso garante ao produtor informações diárias sobre o comportamento dos peixes durante todas as fases do seu desenvolvimento, desde níveis de crescimento até padrões alimentares e de movimento. Em posse desses dados, o produtor tem a possibilidade de identificar oportunidades de melhorias no manejo das pisciculturas e centros de cultivo para elevar a qualidade do produto final.
Segundo especialistas consultados pela Embrapa, a identificação eletrônica dos peixes também pode agregar valor ao produto a partir do controle genético. A partir de uma pequena amostra de DNA retirada no momento da inserção da tag PIT, é possível identificar e monitorar peixes com grau de parentesco elevado a fim de evitar a sua reprodução. Com isso, é possível prevenir problemas de desenvolvimento que reduzem a qualidade do produto e representam risco de perdas econômicas para o produtor.
Conclui-se, então, que a tecnologia da PIT Tag é uma aliada da aquicultura ao otimizar o fornecimento de dados diários sobre os hábitos dos peixes. O monitoramento de peixes com o PIT Tag é o método menos invasivo, mais moderno, simples e efetivo para o produtor e mais agradável para os animais. Uma boa sugestão é combinar a tag PIT com outras inovações pensadas para a aquicultura, como as tecnologias de rastreamento e contagem de peixes.